As microvarizes são vasos dilatados que costumam aparecer principalmente nas pernas e geram dúvidas em muitas pessoas. Apesar de serem pequenas e, em um primeiro momento, parecerem apenas um detalhe estético, elas podem indicar alterações na circulação e evoluir se não forem tratadas corretamente.
Além do impacto visual, que afeta a autoestima e faz com que muitas mulheres deixem de usar roupas curtas, as microvarizes também podem causar desconfortos como sensação de peso, cansaço e queimação nas pernas ao longo do dia.
Felizmente, a medicina vascular evoluiu e hoje é possível contar com tratamentos modernos, seguros e minimamente invasivos, que oferecem resultados eficazes e permitem retomar a rotina rapidamente. Conhecer o que são as microvarizes, por que surgem e quais as opções de tratamento é o primeiro passo para cuidar da saúde e recuperar a confiança no próprio corpo.

Microvarizes, vasinhos ou varizes: como diferenciar?
Embora sejam condições semelhantes, existem diferenças importantes entre vasinhos, microvarizes e varizes que ajudam no diagnóstico e na escolha do tratamento.
- Vasinhos (telangiectasias): são os menores vasos visíveis, com diâmetro de 0,1 a 1 milímetro. Aparecem como linhas avermelhadas ou arroxeadas, semelhantes a uma teia de aranha, e geralmente ficam restritos à superfície da pele.
- Microvarizes (varizes reticulares): têm entre 1 e 3 milímetros de diâmetro, coloração azulada ou esverdeada e costumam surgir na parte lateral da coxa, atrás dos joelhos ou nas pernas.
- Varizes: são veias mais calibrosas, alongadas e tortuosas, medem mais que 3 mm. Tornam-se visíveis em relevo e podem ser sentidas ao toque, causando sintomas como dor, inchaço e peso nas pernas.
Saber identificar essas diferenças é fundamental, mas apenas a avaliação de um cirurgião vascular pode confirmar o diagnóstico correto.
Sintomas das microvarizes
Na maioria dos casos, as microvarizes são percebidas primeiro pelo aspecto estético: vasos azulados ou esverdeados que se destacam sob a pele. No entanto, elas também podem estar associadas a sintomas que comprometem o bem-estar. Entre os mais comuns estão a sensação de peso nas pernas, cansaço ao final do dia, queimação e até dor leve em algumas situações.
Esses sinais tendem a se intensificar quando a pessoa passa muito tempo em pé ou sentada, já que o sangue encontra maior dificuldade para retornar ao coração. Além disso, o calor pode acentuar os sintomas, pois dilata ainda mais os vasos.
Mesmo que não tragam riscos imediatos, as microvarizes merecem atenção, especialmente quando surgem acompanhadas de desconforto. Procurar um especialista garante não apenas um diagnóstico preciso, mas também a indicação do tratamento mais adequado para cada caso.
O que pode causar microvarizes?
O surgimento das microvarizes está diretamente ligado a fatores que favorecem a dilatação dos vasos sanguíneos. A predisposição genética é o principal deles, o que significa que pessoas com histórico familiar de varizes têm maior probabilidade de desenvolvê-las. Além disso, alguns elementos do dia a dia podem acelerar esse processo.
Entre os mais comuns estão as alterações hormonais, especialmente nas mulheres, o que explica a maior incidência no sexo feminino. A gestação também aumenta o risco, já que o peso extra e a elevação dos níveis de estrogênio dificultam o retorno venoso.
Outro fator que contribui é o excesso de peso, que dificulta o retorno venoso devido ao aumento da pressão intra-abdominal.
Embora nem sempre seja possível evitar o aparecimento das microvarizes, identificar os fatores de risco ajuda a buscar prevenção e tratamento precoces.
Microvarizes na gravidez
A gestação é um dos períodos em que as microvarizes aparecem com mais frequência. Isso acontece por dois motivos principais: as alterações hormonais e o aumento da pressão sobre as veias das pernas. Durante a gravidez, a produção de estrogênio e progesterona se eleva, favorecendo a dilatação dos vasos sanguíneos. Ao mesmo tempo, o crescimento do útero e o ganho de peso dificultam o retorno do sangue das pernas para o coração.
Como consequência, muitas mulheres percebem o surgimento de microvarizes, especialmente nas coxas e atrás dos joelhos. Embora nem sempre causem dor, podem gerar desconforto estético e sensação de pernas pesadas.
Nessa fase, os cuidados se concentram em medidas preventivas, como uso de meias elásticas de compressão, caminhadas leves e evitar longos períodos em pé ou sentada. O tratamento definitivo geralmente é indicado apenas após o período gestacional.
Exames para diagnóstico
Embora as microvarizes sejam visíveis a olho nu, o diagnóstico completo vai além da observação. Em consultório, o cirurgião vascular pode solicitar exames como o ecocolordoppler, que avalia o fluxo sanguíneo e ajuda a identificar se há problemas em veias mais profundas.
Esse cuidado garante que o tratamento seja direcionado corretamente e ofereça resultados mais eficazes e seguros.
Qual o melhor tratamento para microvarizes?

O tratamento das microvarizes evoluiu muito nos últimos anos e hoje pode ser feito de forma segura, eficaz e minimamente invasiva.
A escolha da técnica depende do tamanho e da localização dos vasos, bem como das necessidades de cada paciente, sempre após avaliação com o cirurgião vascular.
Entre as opções mais utilizadas estão:
- Esclerolaser – aplicação de uma substância que provoca o fechamento dos vasos, sendo uma das técnicas mais tradicionais e eficazes.
- Escleroterapia com espuma – indicada para vasos de maior calibre, promove o mesmo efeito de secagem e melhora estética.
- Laser transdérmico – tratamento não invasivo que utiliza feixes de luz para aquecer e fechar os vasos.
- Endolaser – tecnologia avançada indicada em casos combinados, garantindo resultados mais duradouros.
Todos esses procedimentos são realizados em consultório, sem necessidade de internação, e permitem retorno rápido às atividades.
Resultados esperados e tempo de recuperação
Os resultados do tratamento para microvarizes costumam ser visíveis logo nas primeiras sessões, com clareamento progressivo dos vasos e melhora estética significativa. O número de aplicações varia de acordo com a quantidade e o calibre dos vasos, mas em geral poucas sessões já trazem diferença perceptível.
Outra vantagem é que os procedimentos são rápidos, realizados em consultório e não exigem afastamento das atividades do dia a dia. O paciente pode retomar a rotina normalmente após a sessão, seguindo apenas orientações simples do médico.
Esse tempo de recuperação reduzido, aliado à eficácia das técnicas modernas, faz com que o tratamento das microvarizes seja hoje uma opção segura e bastante procurada por quem deseja pernas mais bonitas e saudáveis sem grandes interrupções na vida cotidiana.
Cuidados pós-tratamento e prevenção
Após tratar as microvarizes, alguns cuidados simples são fundamentais para garantir resultados mais duradouros e evitar o reaparecimento dos vasos.
Logo após a sessão de escleroterapia ou laser, recomenda-se não praticar atividades físicas intensas no mesmo dia e evitar a exposição ao sol na região tratada, reduzindo o risco de manchas na pele.
Em alguns casos, o uso de meias elásticas de compressão pode ser indicado para auxiliar na circulação e melhorar o retorno venoso.
Além disso, é importante manter hábitos saudáveis que atuam na prevenção: praticar exercícios físicos regularmente, manter o peso dentro do ideal, evitar permanecer longos períodos em pé ou sentada e adotar uma alimentação equilibrada, rica em fibras.
Essas medidas contribuem não apenas para o sucesso do tratamento, mas também para a saúde vascular como um todo, proporcionando pernas mais leves e saudáveis.
Mitos e verdades sobre microvarizes
As microvarizes são um problema comum, mas muitas dúvidas ainda circulam sobre o tema. Veja alguns mitos e verdades:
“As microvarizes somem sozinhas” – Mito
Elas não desaparecem espontaneamente. Sem tratamento, a tendência é que se tornem mais visíveis com o tempo.
“Cremes e pomadas resolvem o problema” – Mito
Produtos tópicos podem aliviar sintomas, mas não eliminam os vasos dilatados.
“Só pessoas mais velhas desenvolvem microvarizes” – Mito
Elas podem surgir em qualquer idade, especialmente em mulheres, devido à influência genética e hormonal.
“Tratamentos modernos permitem rápida recuperação” – Verdade
Técnicas como a escleroterapia e o laser são minimamente invasivas, eficazes e não exigem afastamento da rotina.
“A avaliação médica é indispensável” – Verdade
Somente o cirurgião vascular pode indicar o tratamento ideal e garantir resultados seguros.
Conclusão
As microvarizes podem parecer um detalhe estético, mas são um sinal de que a circulação venosa precisa de atenção. Além do incômodo visual, elas podem gerar desconforto e evoluir se não forem tratadas da forma correta.
Felizmente, a medicina vascular oferece hoje recursos modernos e eficazes, que permitem tratar os vasos de maneira rápida, segura e com resultados duradouros.
Seja por motivos de saúde ou pela vontade de recuperar a autoestima, buscar avaliação com um cirurgião vascular é o primeiro passo para escolher o tratamento mais adequado. Cada caso é único, e somente um especialista pode indicar a técnica ideal para o seu perfil.
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